domingo, 19 de setembro de 2010

O silêncio apagou o memorável retrato imaginário.
Já havia desbotado, a distração contornava os traços do momento que nunca esteve lá.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fui à Cabul procurar um gênio, nada avistado, não achei nem o Aladim, muito menos Maomé. Segui em direção ao ocidente querendo atravessar o Mar Vermelho, mas ele não se abriu e tive de ir de avião ao Egito, ainda em procura da lâmpada mágica, não avistei nem faraós para me indicar o caminho.
Calhou de eu voltar para o Brasil, e não é que o gênio estava por aqui, vestido de eletricista para dispersar pedintes, pensando em ser o Charles Chaplin da cartola mágica.

sábado, 3 de abril de 2010

Vamos colorir o ambiente?
-Precisamos de flores. Mas como cuidar se não paramos em casa?
-Vamos desenhar nas paredes. O concreto não precisa ser regado -aim se fosse o amor-.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Nosso encontro foi apenas de olhares.
Durou menos que um relâmpago, mas o meio de um relâmpago é suficiente para criar a esperança de um sol inteiro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Geração Cala a Boca x Geração Coca Cola.

Geração Cala a Boca 1 :
Procura casamento.
Vai a bailes e desfila pelo verde manto aterrado de hipocresia.
"Dos filhos deste solo és mãe gentil."


Geração Cala a Boca 2 :
Procura liberdade.
Suados, rastejam pelo cimento com dor na tentativa de não calar.


Geração Coca Cola :
Já nasce com o vermelho nariz de palhaço.
Para ser chic é preciso usar black tie.
Para se importar com o mundo, basta se vestir de branco e pedir pela paz.
Os efeitos da coloração do rótulo renova a alma para o sofá, e assim:
Coca cala, boca cola.
"Deitado eternamente em berço esplêndido."

??? "E o teu futuro espelha essa grandeza." ???

Ó Pátria amada!
Salve! Salve!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Em 2008 era para a terra ter sido engolida por um buraco negro com origem na Suiça.
O mundo vai acabar!
Pensaram alguns.
Certo, foi apenas um engano.
O mundo já acabou e não percebemos.
A terra vaga pelo espaço e brinca de gira-gira com os cometas para fingir-se de viva.
Enquanto ela gira, produz um micróbio que se chama homem.
Este micróbio gera um fóssil que vai alimentá-la a cada rotação, assim, sobra forças para na translação brincar de pega-pega com o sol.
-Micróbios, meras cobaias para me distrair! Disse certa vez a terra à lua.
A lua achou uma blasfêmia e deu de costas para a terra, assim nasceu o eclipse.
A cada eclipse Aristóteles sorri, afirmando sua teoria, que abaixo da lua está o mundo corruptível composto por terra, ar, fogo e água.
Para fugir do corruptível são 384 000 km. Mas para mentes lunáticas chegar à lua não leva um segundo. Em menos de um segundo encontra-se figuras e palavras que transitam de variadas formas sem gravidade.
Minguante, Crescente, Cheia e Nova.
Para cada face, uma nova estação.
Para cada cometa, uma nova história.
Lá sou artista, música, poeta, mágica, bailarina, astronauta e até mesmo uma matemática...
Sorrio com Aristóteles.
Aceno para Via Láctea. E vôo para a Terra do Nunca, levando nas mãos o infinito pó de pirlimpimpim.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A dispensável "leveza" do ser de sentir-se mal...
Melancolicamente dramática.
Não vos digo mal adverbialmente.
Também, não digo mau para não adjetivar a náusea da existência.
Um monstro verde e gosmento; com perebas vermelhas no rosto.
É toda essa ânsia de querer vomitar o que os ouvidos absorvem pela língua.
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Ao meio dia descobri que existem torradeiras que imprimem a cara do Mickey queimado na torrada. Estas, prometem dar o maior ânimo ao comer o Mickey logo cedo.
Pobre Mickey Mouse!
Pobres humanos!
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Hoje é segunda, já penso na sexta.
Ainda restam quatro dias e eu não tenho uma torradeira do Mickey.
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Restam-me as teorias da mesa de bar.
Meus olhos para fechar.
E meu velho tênis sujo para circular a cada andar...